Reprodução e manipulação da fertilidade

Posted by Bruna Neves | Posted in

Ficha de Leitura nº 1 Data:09/12/2010
Unidade de Ensino: Reprodução e manipulação da fertilidade

Conteúdo/assunto: Forma de reprodução de mamíferos
Título: Estratégia de reprodução de mamíferos.

Resumo: foram encontradas soluções tão distintas como a postura de ovos e a gestação prolongada dentro do corpo materno.
A noticia relata os modos de reprodução utilizados por mamíferos, nomeadamente os marsupiais, os monotrématos e os plancentários. Mostra também as diferenças ocorridos nestes modos de reprodução.


Fonte: http://www.naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=2&cid=27666&bl=1§ion=1



Pesquisador: Bruna Neves






Estratégias de Reprodução dos Mamíferos

As estratégias de reprodução dos mamíferos diferenciaram-se de tal forma que, para um mesmo problema (a reprodução), foram encontradas soluções tão distintas como a postura de ovos e a gestação prolongada dentro do corpo materno.
As diferenças no que diz respeito às estratégias de reprodução dos mamíferos são consideradas como as mais importantes na divisão evolucionista da classe Mammalia, permitindo classificar os mamíferos em três grupos:

- Os monotrématos
- Os marsupiais
- Os placentários


Monotrématos

Representantes desta subclasse de mamíferos (subclasse Prototheria) apenas se podem encontrar na Tasmânia, Austrália e Nova Guiné, existindo somente três espécies: o ornitorrinco (Ornithorhynchus anatinus) e duas espécies de papa-formigas ou equidnas (Tachyglossus sp.).

Os monotrématos têm uma cloaca – abertura para o exterior – comum aos sistemas digestivo, urinário e reprodutor, tal como os répteis. É esta característica que lhes confere o seu nome, que significa “um só orifício”.

Ao contrário das outras fêmeas de mamíferos, que têm um ovário de cada lado, as dos monotrématos possuem apenas um ovário, o esquerdo, tal como as aves. À medida que os ovos descem pelo oviduto, onde ocorre a fecundação, várias glândulas adicionam-lhes albumina e posteriormente uma fina casca coriácea. Os ovos são postos 12 a 20 dias depois da fecundação. Durante o período de incubação, o embrião é alimentado pelo saco vitelino: no caso do ornitorrinco, no ninho durante cerca de 12 dias; no papa-formigas, durante uma semana, numa bolsa provisória que se desenvolve no abdómen durante a época da reprodução, para a qual as fêmeas transferem os ovos depois de os porem. Após a eclosão, as crias bebem o leite que escorre das glândulas mamárias da mãe para os tufos de pêlos abdominais nos ornitorrincos, ou para a bolsa nos equidnas.
Marsupiais

Os marsupiais abordam o problema da reprodução de maneira diferente. Os óvulos são produzidos pelos dois ovários e deslocados para um útero bifurcado. Estes ovos são homólogos aos das aves e dos répteis, pois o seu conteúdo está envolvido por três membranas. O ovo da maioria dos mamíferos placentários apenas tem duas membranas.

Do ponto de vista de um placentário tudo na reprodução dos marsupiais pode ser considerado estranho, a começar pela existência de um pénis bifurcado nos machos que insemina cada um dos ramos do útero. Dependendo das espécies, a gestação pode durar entre 12 a 33 dias. Outras diferenças importantes em relação aos placentários são a alimentação do embrião a partir do saco vitelino e de secreções glandulares do útero (“leite uterino”) e o facto das crias nascerem num estádio muito precoce do seu desenvolvimento.

Uma espécie típica de marsupiais são os cangurus-de-pescoço-vermelho, Macropus rufogriseus, cujo recém-nascido, com menos de 4 g (0,003% do peso da mãe), sai da cloaca da progenitora, um mês depois da fecundação, trepando até à bolsa marsupial onde se fixa a uma das mamas, guiado através de um trilho de saliva com que a mãe marcou o caminho. A presença de uma cria na bolsa impede o desenvolvimento de um novo embrião no útero mesmo que ocorra fecundação. Quando o canguru abandona a bolsa, já com um tamanho semelhante àquele com que os mamíferos placentários nascem, o embrião uterino prossegue o seu desenvolvimento e nasce cerca de um mês depois. A fêmea pode ter simultaneamente três filhos dependentes, em diferentes idades, um que já abandonou a bolsa mas onde ainda volta para mamar, um dentro da bolsa e outro no útero com o desenvolvimento suspenso.
Placentários

O terceiro grupo de mamíferos desenvolveu, ao longo da sua evolução, um órgão de variadas formas, denominado placenta. Esta inovação é tão significativa que está associada ao nome da maioria dos mamíferos modernos amplamente distribuídos - mamíferos placentários. A placenta liberta o embrião da dependência de um limitado fornecimento de alimento do vitelo e forma um eficiente meio de transferência entre o sangue da mãe e da cria. Esta ligação facilita eficientemente as trocas respiratórias, de materiais de excreção e de nutrientes.
O pequeno embrião, depois de aderir à parede uterina, é envolvido por uma membrana de origem materna – o córion. O número de camadas entre a corrente sanguínea da mãe e da cria varia. Quanto mais camadas menor é o dano provocado no útero, mas menor é a eficiência na troca de gases e de nutrientes/produtos de excreção entre a mãe e a cria. Do lado do embrião existem sempre três camadas. Quanto mais íntima fôr a ligação placentária, maior é a quantidade de tecido maternal excretado aquando do nascimento, incorrendo numa elevada perda de sangue. No entanto, espécies com estas características têm a capacidade de ter gestações mais curtas.

A principal função da placenta é prevenir a rejeição do embrião pela mãe, o que acontece com outros corpos estranhos, ou no caso dos marsupiais. O resultado é que, ao contrário deste últimos, os placentários podem optar por gestações relativamente prolongadas, que permitem às crias nascer bem desenvolvidas. Nesta estratégia de reprodução, o limite de duração da gestação está dependente do tamanho do crânio da cria, pois este tem que atravessar a pélvis da mãe.

A relação entre a placenta e o leite é também importante, sendo ambos veículos de transmissão de anticorpos para a cria. Pensa-se que o leite tenha tido, originalmente, uma função de desinfecção, visto que todas as glândulas da pele produzem substâncias anti-microbianas. Assim, a sobrevivência dos ovos dos mamíferos primitivos poderá ter sido aumentada caso a produção desta secreção desinfectante tenha sido efectuada junto ao local onde o ovo estava implantado. Quanto maior o potencial anti-bacteriano da secreção, maiores as hipóteses de matar os microorganismos que ameaçavam o ovo. A selecção natural favorecia o desenvolvimento destas glândulas protomamárias, cujas secreções se transformariam num suplemento alimentar.

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