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Biologia 12
Ficha de leitura nº6
Data: 09/03/2011
Unidade de ensino: Avanços da biotecnologia
Conteúdo/assunto: Novo estudo de controlo e manipulação da fertilidade
Título: Cientistas produzem esperma em laboratório
Resumo: Um grupo de cientistas japoneses produziu esperma em laboratório o que pode vir a ser uma mais valia para preservar a fertilidade masculina.
Fonte: Publico, 24 de Março de 2011
Pesquisador: Inês de Jesus Alves da Fonseca
Cientistas produzem esperma em laboratório Um grupo de cientistas japoneses da Universidade de Yokohama conseguiu criar, a partir de um milímetro de tecido do testículo de um ratinho, esperma em laboratório. A investigação abre portas a futuras terapias para preservar a fertilidade masculina. Por agora é prematuro aplicar os resultados a humanos (Foto: Reuters/arquivo) O mecanismo de produção de espermatozóides a partir de células reprodutivas masculinas é um dos processos mais complexos do organismo humano e que pode chegar a demorar um mês no interior dos testículos. Daí que, até agora, tenha sido tão difícil reproduzir este processo em laboratório. Uma barreira que um grupo de investigadores japoneses conseguiu ultrapassar, tendo agora publicado um estudo com as conclusões na revista Nature. A descoberta veio demonstrar que é possível obter espermatozóides a partir de um cultivo de células testiculares e, mais difícil ainda, a partir de ratinhos recém-nascidos e que ainda não se conseguem reproduzir. Mas, mais importante, o grupo conseguiu utilizar o esperma para fecundar um óvulo, dando início a uma longa descendência de ratinhos saudáveis e férteis. “Colhendo um fragmento de tecido dos testículos de ratinhos recém-nascidos e cultivando-o num gel de agarose durante dois meses conseguimos obter esperma capaz de fecundar normalmente um óvulo”, explicou ao jornal espanhol El Mundo o responsável pela equipa de investigação da Universidade de Yokohama, Takehiko Ogawa. O investigador esclareceu, ainda, que o trabalho foi aplicado em ratinhos pelo que é prematuro estabelecer um paralelismo com os humanos. Contudo, salientou que é natural pensar nas aplicações em termos de fertilidade que uma descoberta destas pode permitir. Uma ideia que também foi avançada por Marco Seandel y Shahin Rafii, do Colégio Médico Weill Cornell, nos Estados Unidos. Citados pelo mesmo jornal, os médicos destacaram que a descoberta pode abrir caminho a futuras terapias para preservar a fertilidade masculina, nomeadamente em crianças com cancro, onde tratamentos como a quimioterapia ou a radioterapia podem condenar os doentes a problemas de reprodução e onde ainda não é possível preservar esperma, ao contrário do que acontece nos doentes adultos.
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